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sábado, abril 29, 2006

O meu sábado

Acordei por volta das 13h, e o mundo estava ainda mais nojento do que o costume. Para isso muito contribuiram todas aquelas pessoas feias do jetset portugues, cheias cheias cheias de cores. Eu adoro cores! Mas para que as cores não percam o seu valor é preciso que sejam usadas por pessoas coloridas. E não cinzentas como aquelas pessoas da televisão. As cores ficaram sujas e o mundo ficou feio! Mas essas pessoas pouco me importam.
A minha namorada está longe de mim, ou pelo menos assim a sinto. Quero resgatá-la, mas nao sei se tenho posses suficientes para o resgate. Nada posso fazer. Podia dizer ao mundo que a amo, mas isso não valeria de nada, o meu amor é pouco mais do que um figurante neste espectáculo. A perfeição é utópica e disso sou consciente mais do que nunca. Daí eu dar-me por contente com as perfeições da sua imperfeição quase perfeita. E o mais imperfeito de todos sou eu, que fracasso em todas as tentativas de trazer felicidade às pessoas do meu mundo, e consequentemente a mim próprio. Pergunto-me que opinião eu teria de uma versão feminina de mim. O que é que procuro afinal? Eu próprio ou o meu oposto? Talvez ambos, daí que tu pareças encaixar em mim dessa maneira perfeitamente subtil... subtilmente perfeita!
A minha mãe chorou hoje. Não consegui que me dissesse porque chorava, por isso chorei com ela. Está cansada. Chora porque está cansada e está cansada de chorar. Sinto-me inútil por não ser consolo suficiente. Não tenho o poder de fazer felizes as pessoas. Talvez por isso tenhamos inventado Deus, aquele ser que é tudo aquilo que nós gostaríamos ser, pois se não temos nós esse poder alguém há-de ter. Seguro a minha mãe com força e dou-lhe todos os beijos que tinha guardados em mim para dar numa situação destas. Arrependo-me de não lhe dar mais atenção e de mostrar poucas vezes o meu amor de filho. Ela fica melhor e fala doutras coisas alegremente. Eu contento-me por aquela nuvem passageira ter desaparecido, sem garantias que seja definitivamente.Agora estou sozinho e sinto-me sozinho. Não gosto.Já o disse mil vezes antes e volto a dizer: odeio os sábados.

ass: alguem que se sente como o Jack, the pumpkin king, depois de ter sido atingido pelos canhões na noite de Natal

P.S. A minha caixa de e-mail tem um anúncio para quem quiser um serviço de e-mail melhor. Diz apenas: "Quer mais segurança? Quer mais espaço?" Para pensar e reflectir...

domingo, abril 09, 2006

Como ficar preocupado por causa de uma viagem

Amanhã, para quem ainda não sabe, vou para o México. Até aqui tudo muito bem não fosse o facto de hoje ter acordado com monumental dor de dentes. Tendo em conta que é domingo e como tal não há um único dentista aberto (pelo menos que eu saiba!) isto promete. Mas a dor hoje nem é o que me preocupa... o que me está a preocupar é amanhã no avião.
"Senhoras e senhores, fala o comandante Silva acabamos de descolar do aeroporto de Lisboa, iremos voar a uma altitude de 30000 pés e a uma velocidade de cruzeiro de cerca de 800 km/h, o voo tem uma duração prevista de cerca de 10 horas e meia. Desejamos a todos um excelente voo e muito obrigado por voarem na Parvalheira Airlines."
Comentário da fila 18, lugar B (passageiro Mr SoulHunter):
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! (grito de dor)
Passo a explicar porque o medo com o vôo. Nunca tive medo de andar de avião, aliás gosto bastante. No entanto, ao subirmos de altitude a pressão no interior do avião vai diminuindo gradualmente.. É isto que leva a que os ouvidos estalem ou por vezes doam mesmo. Ora, esta diminuição de pressão leva a que tudo o que se encontre no interior do avião dilate em maior ou menor escala. Tendo em conta que eu julgo ter um abcesso na gengiva, que doi devido à pressão que exerce nas suas paredes, a dilatação provocada pela queda de pressão irá aumentar proporcionalmente a dor. Serão portanto 10 horas de grande alegria e muita espectativa pra chegar ao meu destino!
assinado:
Rayban aviator

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